domingo, 24 de abril de 2011

2011: ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA.

O que é a química? Na definição geral: química é a ciência que trata das substâncias da natureza, dos elementos que a constituem, de suas características, propriedades combinatórias, processos de obtenção, suas aplicações e sua identificação. Estuda a maneira pela qual os elementos se ligam e reagem entre si, bem como a energia desprendida ou absorvida durante estas transformações.
Neste conceito geral pode-se verificar que a química está intrinsecamente ligado ao ser humano, através dos mais variados processos de pesquisa e produção. Por exemplo:
  • Química inorgânica - estuda as substâncias inorgânicas.
  • Química orgânica - estuda as substâncias orgânicas.
  • Química analítica - trata da análise química de produtos.
  • Físico-química - estuda as propriedades químicas e físicas da matéria.
  • Bioquímica - trata dos processos químicos relativos aos seres vivos.
  • Química industrial - estudo de reações com interesse em processos industriais.
  • Química ambiental - estuda os processos químicos (mudanças) que ocorrem no meio ambiente.
  • Química medicinal - estudo da aplicação da Química ao planejamento, avaliação e síntese de novos fármacos.
  • Química Clínica - estudo e análise da Química e da Bioquímica do ser humano, em seus estados fisiológicos normal ou patológico.
  • Toxicologia - estuda os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos.
  • Farmacologia - estuda como as substâncias químicas reagem com os organismos vivos.
  • Química forense - estuda as aplicações das ciências químicas no âmbito judicial e criminal.
  • Petroquímica - trata da obtenção e refinação do petróleo.
  • Mineralogia - é o estudo químico das estruturas molecular e cristalina e propriedades físicas de minerais, bem como a sua génese, metamorfismo, evolução química e meteorização.
  • Engenharia Química - ramo da Engenharia dedicado ao projeto e estudo de Indústrias de Processos Químicos.
  • Cálculo de Reatores - ramo da Engenharia Química que estuda o projeto de conjuntos de reatores industriais.
  • Carboquímica - trata de processos envolvendo o carvão mineral.
  • Catálise química - trata de procedimentos que alteram a cinética das reações.
  • Ciência dos materiais - trata da composição, resistência e durabilidade de materiais.
  • Cinética química - trata da velocidade das reações químicas.
  • Combustão - trata das substâncias usadas na produção de energia.
  • Eletroquímica - trata de reações químicas envolvendo energia elétrica.
  • Estequiometria - Estudo quantitativo acerca dos reagentes e produtos de uma reação química.
  • Química Quântica
  • Operações Unitárias - ramo da Engenharia Química que estuda o projeto de equipamentos industriais de transformações físicas (por exemplo, filtração, destilação, cominuição, decantação, aquecimento), em oposição às Conversões Químicas (Cálculo de Reatores).
  • Termoquímica - trata de reações químicas envolvendo energia térmica.
Assim, à INTERNATIONAL UNION OF PURE AND APPLED CHEMISTRY - IUPAC e a UNESCO, promovem neste ano de 2011 como sendo o ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA, com a proposta de:
a) Potencializar o reconhecimento da química como ciência indispensável para a sustentabilidade de todos os processos vitais da atualidade.
b) Aumentar o interesse dos jovens pela Química.
c) Gerar entusiasmo para o futuro criativo da química.
d) Comemore o 100º aniversário do Prêmio Nobel de MME. Curie, e o 100º aniversário da Fundação da Associação Internacional das Sociedades Químicas.
e) Melhorar a compreensão e a valorização da química pelo público.
f) Reforçar a cooperação internacional, servindo como ponto focal ou fonte de informação para as atividades das sociedades químicas nacionais, instituições de ensino de química, indústrias químicas, organizações governamentais e não-governamentais que se ocupam dos fenômenos químicos.
g) Promover o importante papel da química como fonte de contribuição nas soluções para os desafios globais.
h) Intensificar o interesse e a mobilização dos jovens em torno das disciplinas científicas, especialmente aquelas que são desenvolvidas através do método científico, por análise, por hipótese, por experimentação e conclusões.
           Por fim, a agenda com os eventos, projetos e programação em todo o Brasil pode ser acessado pelo site da AIQ, através do link feito no título deste artigo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O PODER DA CORROSÃO

Caros navegantes sabe-se que o tempo é cruel para todo o tipo de bem ou coisa, tais como automóveis, máquinas, tubulações e qualquer objeto existente neste mundo, dependendo de cada objeto ou coisa, uns se degradam mais rápido do que outros. Assim, iremos ver como os processos oxidativos agem nos mais variados tipos de industria e qual o custo que isto gera  para as empresas que utilizam centenas de maquinários para os processos de produção em geral.
Segundo PIERRE R. ROBERGE, PhD em Físico-Química, pela Universidade de Sherbrooke do Canadá e Professor do Departamento de Engenharia Química do Colégio Real Militar do Canadá, Escritor do livro: Handbook of Corrosion Engineering, comenta que “corrosion in the destructive attack of a material by reaction with its environment. The serious consequences of the corrosion process have become a problem of worldwide significance. In addition to our everyday encounters with this formo of degradation, corrosion causes plants shutdowns, waste of valuable resources, loss or contamination of product, reduction in efficiency, costly maintenance, and expensive overdesign.”
Dois pontos no comentário acima são de salutar importância: Primeiro - o fato de ser um processo natural de degradação. Assim a corrosão é a deterioração, em menor ou maior grau, de materiais metálicos mediante ação química ou eletroquímica. A química ocorre por exposição do material em meio propício, através da ação natural de reagentes, tais como água, oxigênio, grupos sulfatos, etc. Já a eletroquímica ocorre por indução, através da utilização da corrente elétrica como principio ativador da reação entre os grupos catódicos e anódicos e suas soluções. Bem, mas todo mundo já sabe disto.
Agora todo enfoque será dado ao segundo comentário feito por Pierre – onde cita que a corrosão é um problema em proporções mundial a partir do momento em que encarece os processos de produção.
À medida em que a corrosão:
a) Interrompe a produção por danos causados ao maquinário, onde para fazer os reparos sejam necessários interromper as atividades produtivas, ex.: trocadores de calor, caldeiras, etc.
b) Perda de produtos por contaminação com produtos de corrosão, ex.: petróleo, ácidos, leite, etc.
c) Perda de rendimento por acúmulo de produtos causando entupimentos com conseqüente redução da eficiência.
Assim, o custo da corrosão é estimado em 3,5% do Produto Nacional Bruto (PNB) de países em desenvolvimento. Por exemplo, estimativas do Battelle Memorial Institute, a corrosão dos metais custa aos Estados Unidos quase $300 bilhões por o ano. Esta perda é mais do que o todo o prejuízo causado pôr inundações e incêndios nos Estados Unidos.
No Brasil, segundo Marcelo Hamsi, diretor da M. Hamsi, empresa de consultoria em gestão de manutenção da corrosão em indústrias, no Brasil o valor estimado dos gastos com a corrosão, corresponde também a 3,5% do PIB.
Mediante estes fatos surgem novas pesquisas a fim de dirimir os efeitos do processo corrosivo, procurando diminuir os gastos inerentes ao reparo e manutenção em equipamentos, maquinários, tubulações e utensílios de metal em geral.